•O pensamento complexo e as ciências da complexidade das quais ele deriva não são abordagem isoladas. Precisam interagir com muitas outras disciplinas do conhecimento para adquirir validação e produzir resultados.
•É preciso manter sempre a mente aberta para os fenômenos que emergem do
cotidiano. É das conexões daquilo que está tecido junto que emergem propriedades novas (a realidade emergente).
•Mesmo quando todos os aspectos de uma dada questão parecem já ter sido
percebidos, sempre cabe a pergunta: de que mais formas essa questão pode ser vista?
•É fundamental não temer a complexidade. O primeiro passo para isso é não confundila com complicação.
•Outra forma de contornar o temor à complexidade é não evitar lidar com relações não-lineares e de causalidade múltipla. A vida e suas manifestações nem sempre podem ser simplificadas em termos de “uma causa, um efeito” como muitos imaginam.
•É preciso não adotar como método único de conhecimento a prática de fragmentar as coisas para examiná-las em separado. É claro que a fragmentação (redução) pode e deve ser usada como metodologia inicial de abordagem de muitos problemas. Mas se a considerarmos como abordagem única, seu efeito será limitado.
•Acolher a complexidade é sinal de disposição para aceitar o novo, de aceitar a
realidade emergente. Lembremos a frase do filósofo grego Heráclito de Éfeso: “O antagonismo em tensão é convergente; da divergência dos contrários, surge a mais bela harmonia”.19
•É importante entender que o pensamento complexo procura modos de fazer com que as diferentes especialidades encontrem uma linguagem que permita sua intercomunicação. Nas empresas, isso significa desenvolver métodos e técnicas que permitam a intercomunicação dos chamados “silos” organizacionais.
•O pensamento complexo é um método para lidar com a complexidade. Ele procura fazer uma fertilização mútua entre a análise (a fragmentação) e a síntese (a religação). Não adota o pensamento linear-cartesiano como modelo mental único e faz o mesmo com o pensamento sistêmico. Busca a complementaridade entre esses dois modos de pensar.
•O pensamento complexo reconhece que o cálculo, a quantificação e a mensuração são indispensáveis como meios de conhecimento – mas ressalva que não são os únicos. Acolhe a incerteza, a aleatoriedade, a imprevisibilidade e as contradições e propõe modos de lidar com elas. Indica modos de lidar com os paradoxos e a ambigüidade.
•O pensamento complexo propõe maneiras de pensar além do curto e do médio prazo, isto é, facilita o exercício do pensamento estratégico. Chega às suas conclusões e diagnósticos levando sempre em consideração os contextos.
•O pensamento complexo não perde de vista a necessidade de aprender a lidar com o auto-engano, os esquecimentos seletivos, e autojustificação.
( http://portal.bsp.edu.br/artigos/artigo_gestao_complexidade.htm)
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