A reestruturação produtiva em nosso país veio em resposta à necessidade de ajustamento frente aos padrões internacionais de produtividade e de qualidade, elemento básico de competitividade nesse novo cenário. Trouxe em seu bojo questionamentos como o da inadequação dos princípios tayloristas/fordistas às novas condições do mercado, assim como difundiu novos conceitos como de automação, flexibilidade, produção enxuta, qualidade total, descentralização produtiva, etc., maioria derivados dos métodos de gestão da indústria japonesa. Como resultado de tal reestruturação, os mais otimistas vem até considerando a manifestação de um novo paradigma na organização e gestão do trabalho, num processo de ruptura com o padrão até então vigente.
Neste quadro de mudanças e de novas estratégias de gestão, há um certo consenso no que se refere a uma maior valorização do trabalhador qualificado. Porém, algumas questões ainda não parecem suficientemente claras, como o que é qualificação? Seria apenas o domínio de conhecimentos ou um fenômeno muito mais complexo? Quais são os desafios de qualificação vivenciados pelos trabalhadores neste momento de reestruturação produtiva? Esse artigo propõe-se a traçar algumas considerações sobre essas questões, a partir de um referencial teórico e de observações, procurando contribuir para o aprofundamento do tema.
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